O aumento das tarifas aéreas e custo de vida e a pressão no acesso às viagens internacionais
O Presidente Executivo do Grupo Ryanair, perspectivou na semana passada, que se aproxima o fim das tarifas de baixo custo e que esta empresa, como todas as companhias aéreas, não terão outra alternativa senão repercutir o custo do combustível no preço dos bilhetes. Segundo a GlobalData, este facto reduzirá a acessibilidade às viagens internacionais. Não é apenas no preço dos bilhetes que se vai reflectir. "As escapadelas ao estrangeiro de fim de semana, podem tornar-se inviáveis à medida que as pessoas se esforçam por poupar nas contas altas de energia".
De acordo com as previsões da GlobalData, as viagens internacionais a partir do Reino Unido regressariam aos níveis pré-Covid até 2024, mas o aumento dos preços dos bilhetes poderá comprometer este objectivo. O inquérito aos consumidores realizado pela GlobalData no segundo trimestre de 2022 mostrou que 66% dos inquiridos afirmaram estar preocupados, (variando as respostas entre fortemente até ligeiramente), com o impacto da inflação no orçamento familiar.
Ainda segundo a Globaldata, os preços das passagens aéreas aumentaram devido ao forte aumento dos custos de combustível, note-se que o combustível para os aviões aumentou 90% desde o início de 2022.
A Ryanair foi a primeira companhia aérea a declarar publicamente a possibilidade do fim dos baixos preços. Contudo, a inflação dos preços dos combustíveis não é apenas um problema exclusivo desta empresa, mas irá incrementar os custos globais em todo o sector, afectando negativamente também as demais transportadoras aéreas.
16 Agosto 2022